quinta-feira, 18 de junho de 2015

O que é o amor?

O foi o amor?
Foi sincero
Ou será que foi banal?

O que é o amor?
Sonho sem esperança
Ou história real?

O que será do amor?
Será lembrança do tempo
Ou filme real?

E o tempo que passou
Uma história sem final?

quarta-feira, 10 de junho de 2015

A que rejeitou, vendeu e abandonou


A garota que vendeu a vida
A flautista que vendeu poesia
O homem que vendeu a honra
O amante que vendeu seu amor

O amigo que rejeitou o outro
O pai que rejeitou seu filho
O vendedor que rejeitou a pobreza
A mulher que rejeitou comida

O padre que abandonou sua fé
O deus que abandonou o povo
A rica que abandonou o corpo
A assassina que abandonou a morte 

O que aconteceu


O dia que passou
A luz que se apagou
O vento que soprou
A esperança que se esvai

O sonho que acabou
O sono que acordou
A ira que despertou
O mal que há em mim

O tempo que correu
A ideia que cedeu
O corpo que pereceu
Por causa do pensamento ruim

O livro que se leu
O leitor que se perdeu
No mar de letras
No mar de lágrimas

O filme que rodou
A plateia que assistiu
O acontecimento que se mostrou
Mais um fruto da morte sem fim

A flor


A flor que me facina
A flor que me ilumina
A flor que me imagina

A flor que criou o mundo
A flor que mostrou ao mundo
O que é o amor

E com isso a flor mostrou
Para o meu pesar
O que é o amor
O que é matar

terça-feira, 9 de junho de 2015

Aonde quer que eu vá


Aonde quer que eu vá
eu levo você
Fico a pensar
No seu olhar

Aonde quer que eu vá
Te levo no pensar
Te entrego ao me calar

Aonde quer que eu vá 
Te desejo
Um desejo vulgar

Românticos


Românticos são loucos
Românticos são roucos
De tanto declarar amor
De tanto pedir clamor

Românticos são fofos
Românticos são raros
Românticos são caros
Românticos são mortos

Românticos são a escória
Românticos são a vitória
A vitória da morte

Filme


Filme passa de dia
Filme me lembra da vida
Da vida que tive
Da vida que não haverei de ter

Filme passa de dia
Filme mostra a alegria
A alegria que perdi
Para este mundo infernal

Filme foi minha vida
Filme me mostrou a vida
E o filme
Foi o motivo da minha morte

É


É amor tudo que sinto
É destino tudo que pinto
É sonho o amor que tenho por você

É tempo que passa devagar
É o dia que vai acabar
É o corpo que vai mudar

É ideia que vai nascer
É coração que vai bater
É tempo de renascer

segunda-feira, 8 de junho de 2015

Na estrela a noite brilha


A noite me lembra o dia
Na noite crio fantasia
Nos dia fico a pensar
O dia me faz sonhar

O tempo me faz correr
No tempo passo a viver
O céu me quer
No céu tem fé

A terra tem vida
Na terra há magia
A estrela brilha
Na estrela a noite brilha

Um dia


Um dia triste
Todo o pensamento insiste
Diz que devo ficar com você
Que o resto não existe

Um dia frio
Sentimento sombrio
Sonho com você
Me lembro de viver

Um dia feliz
O que foi que fiz
Para merecer você
Para merecer te querer

sexta-feira, 5 de junho de 2015

Quero saber


Quero saber
Quero saber o que é você
De onde veio
Se pode viver

Quero saber
Se posso desejar você
Se você merece saber
Do meu querer

Quero saber
Se posso confiar
Se posso conviver
Se posso amar você

Aprender


Se fosse tão fácil aprender
Aprender a viver
A amar
A sofrer

Aprender a se desligar
Aprender a não ligar
Aprender a falar
Aprender a calar

Aprender a esquecer
Aprender a errar
Aprender a perder
Aprender a saber

Aprender a querer
Aprender a não saber
Aprender a conviver
Aprender a viver sem você

Floresta


Floresta que move
Floresta que envolve
Que perde
E que se acha

Floresta tão densa
E tão rasa
Tão diferente
E tão escassa

Floresta bela
Que é derrubada
Pelo bicho homem
Para construir estrada

O mar


O mar que move
Que envolve
Que muda
Que cura

Que permanece imutável
E que também está em constante movimento
Que corre
E continua parado

Que faz sonhar
Que é sonhado
Que provoca desejo
Que é desejado

O mar é gente
E a gente é o mar
O mar é brasa
Que vai se apagar

A estrada leva


A estrada leva
A casa abriga
A fonte bebe
A floresta perde

O homem destrói
O sonho constrói
O dia amanhece
O sol aparece

E a chuva cai
E a nuvem sai
E o vento carrega
Tudo o que há em mim

Digo


Digo que não te quero
Digo que não é certo
Mas ajudo também

Digo que não deve
Digo que não procede
Mas faço também

Digo que não vou saber
Digo que não deve escrever
Mas escrevo também

Começo e fim


É assim
É assim o fim
É também o começo
O começo de tudo

É o começo da dor
É o fim do amor
É o começo do novo
Do novo mundo

É tudo de novo
É tudo igual
Mas também é tão banal
Que é original

Era o fim do mundo


Era dia de verão
Era sonho
Era paixão
Era morte

Era a morte dela
Era a vida que escapou pela janela
Era a ideia ideal
Era uma jogada fatal

Era o começo
Era o começo do fim
Era o fim de tudo
Era o fim de todos

Era o fim do mundo

Por causa da ferida


Ainda não morri
Ainda estou aqui
Então não finja que não me vê
Não pense que não vai querer

Olhe para mim
E diga assim:
Não te amo
Não encano

É mentira
É por causa da ferida
Que outro causou
Que ainda não cicatrisou

Carta


Escrevo estra carta para que saibam
Que não vale a pena viver
Que não vale a pena sofrer
Pelo que nunca foi seu

Para que não caiam
Na besteira de amar
E de pensar que é amado
Porque o amor não existe

Porque só existe a dor
O pudor
E o clamor
Que alguns confundem com amor

Ciclo do amor


Suplico que me mate
Que me tire a dor
Suplico que me diga
Para que serve o amor

Se dele só tiro ódio
Se dele só tiro rancor
Se dele só tiro morte
De que me serve a sorte

A sorte de amar
E não ser amado
Não é sorte
Deveria ser pecado

Por isso lhe suplico
Suplico que me tire desse ciclo
O ciclo da dor
O ciclo do amor


Faço da poesia diário
Faço da vida palhaço
Faço do mundo fantoche

Trato árvore como amiga
Dos animais cuido
O homem destruo
Transformo em pó

E eles me temem
Me deixam só
E então tremem
Como se tivessem dó

Dó do que sou
Do que fui
E do que ainda ei de ser

quarta-feira, 3 de junho de 2015

O sonho


O sonho
Já não é vivo
O que componho
Já não é bonito

O tempo
Uma perda
O mundo
Uma desgraça

Meu pensamento:
Fatal
Letal
Cruel

Sou poeta


Sou poeta
Da vida
Da estrada
Da noite querida
Que anuncia minha chegada

Do tempo sou pai
Da noite conhecido
Quando o dia se esvai
Monto logo abrigo

Durmo e não temo perigo
Por que a paz repousa comigo
E descanso sem medo
Do dia que há de vir